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Autoagressão no Autismo: Uma Dor que Atinge Toda a Família

  • Foto do escritor: Luciana Persiano
    Luciana Persiano
  • 7 de jul.
  • 5 min de leitura

A convivência com o autismo é repleta de descobertas, aprendizados e desafios. Cada pessoa no espectro manifesta suas características de forma única, e cada família trilha um caminho particular. Dentro dessa diversidade, há comportamentos que causam não apenas preocupação, mas também sofrimento profundo. Um deles é a autoagressão, uma manifestação comportamental intensa, complexa e, muitas vezes, difícil de compreender.


Neste artigo, a terapeuta e naturóloga Luciana Persiano irá compartilhar um pouco da sua experiência, ouvindo famílias, acolhendo crianças, adolescentes e adultos autistas e, principalmente, buscando formas integrativas de cuidado e promoção do bem-estar.


Vamos falar sobre a autoagressão no autismo, seu impacto emocional e relacional, e como os florais, dentro de uma abordagem respeitosa e individualizada, podem ser aliados importantes nesse processo.


O Que é Autoagressão?


Autoagressão é qualquer comportamento em que a pessoa machuca a si mesma. No contexto do autismo, isso pode se manifestar de diferentes formas, como:


  • Bater com a cabeça contra a parede ou objetos;

  • Morder-se (mãos, braços, ombros, pernas);

  • Arranhar ou beliscar o próprio corpo;

  • Puxar os cabelos ou bater com as mãos no rosto ou pernas;

  • Entre outros comportamentos autolesivos.


Essas ações, embora muitas vezes chocantes ou assustadoras para quem presencia, nem sempre têm a mesma motivação ou significado. Em alguns casos, são formas de lidar com sobrecargas sensoriais, frustrações intensas ou mesmo dificuldades de comunicação.

Questões físicas, como dores, também podem gerar autoagressão.


Uma Dor Compartilhada: A Família Também Sofre

É muito comum que os pais me procurem profundamente abalados, cansados e muitas vezes culpados. A dor de ver um filho se machucar é devastadora. E mais do que isso: a sensação de impotência frente a esses episódios, a tensão constante e o medo de que algo pior aconteça geram um desgaste emocional imenso.


A autoagressão, portanto, não é um problema “só do autista”. É uma dor compartilhada, que afeta o ambiente familiar como um todo: pais, irmãos, cuidadores. A dinâmica da casa muda, os passeios podem ser evitados, a rotina gira em torno da prevenção de crises, e o emocional de todos fica abalado.


Por isso, é fundamental olhar para essa questão com acolhimento, sensibilidade e, principalmente, com a busca de compreensão e cuidado, não apenas para quem manifesta a autoagressão, mas para todos que fazem parte do convívio.


Por Que Acontece a Autoagressão no Autismo?

Não existe uma única causa para esse comportamento. A autoagressão no autismo é multifatorial, e compreender cada caso é o primeiro passo para um cuidado efetivo.

Durante as consultas, escuto atentamente os relatos das famílias e procuro entender:


  • Quando começou esse comportamento?

  • Com que frequência ocorre?

  • Quais situações ou ambientes antecedem os episódios?

  • A pessoa está verbalizando algo? Ou não consegue se expressar?

  • Há alterações na rotina, mudanças recentes, uso de medicação, dores físicas?


Essas perguntas ajudam a identificar gatilhosnecessidades não atendidassobrecargas sensoriais ou questões emocionais que possam estar por trás do comportamento.

Vale lembrar que, muitas vezes, a autoagressão é uma forma de comunicação. Quando a pessoa não consegue expressar com palavras o que sente, seu corpo se torna um meio de expressão do que está sendo vivido internamente: dor, medo, frustração, ansiedade, ou até mesmo tédio e falta de estímulo.


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O Papel da Terapia Floral

Dentro da Naturologia, a Terapia Floral é uma das ferramentas que mais utilizo para auxiliar no processo de equilíbrio emocional, especialmente em casos de comportamentos desafiadores como a autoagressão.


Os florais atuam de maneira sutil e profunda, ajudando a transformar padrões emocionais que estão por trás dos sintomas comportamentais. É um recurso natural, seguro, sem contraindicações ou efeitos colaterais, e que pode ser utilizado por crianças, adolescentes, adultos e idosos.


Na prática, os florais são escolhidos com base no relato da família, nas observações clínicas e na escuta sensível de cada história. Não existe uma fórmula pronta ou genérica. Cada composição é única, assim como cada pessoa também é.


Demandas Emocionais Comuns em Casos de Autoagressão

Na maioria dos casos que acompanho, há emoções e padrões comportamentais que aparecem com frequência em pessoas autistas que se autoagridem. Alguns deles são:


  • Impulsividade: dificuldade de inibir comportamentos imediatos, sem conseguir “esperar” ou “raciocinar antes de agir”.

  • Impaciência: reação intensa diante de esperas, mudanças de plano ou obstáculos.

  • Baixa tolerância à frustração: sentir-se frustrado por não conseguir algo pode gerar uma explosão emocional.

  • Ansiedade: preocupação intensa, sensação constante de alerta, agitação mental e física.

  • Rigidez: dificuldade de lidar com mudanças, quebra de rotinas ou ideias fixas.

  • Raiva e angústia: sentimentos que, quando não são compreendidos ou verbalizados, podem se transformar em agressões contra si mesmo.


Os florais trabalham justamente essas emoções, de forma a ampliar a capacidade de lidar com elas, reduzindo a intensidade das reações e promovendo mais calma, segurança e estabilidade interna.


Quando o Equilíbrio Emocional Começa a Chegar...

É emocionante acompanhar o processo de transformação. À medida que os florais atuam, e que o ambiente familiar também se organiza com mais consciência e recursos, os episódios de autoagressão tendem a diminuir, em frequência e intensidade.

E mais do que a ausência da agressão, o que surge é algo ainda mais especial: um semblante mais leve, um sorriso que volta ao rosto, um olhar mais tranquilo e sereno.

Esses sinais são de enorme valor. São conquistas que mostram que a dor está sendo acolhida, que o sofrimento está sendo ouvido, mesmo quando ainda não pode ser dito com palavras.


Um Olhar Integrativo: Além do Sintoma

Na Naturologia, olhamos para o ser humano de forma integral. Isso significa que não tratamos "só o sintoma", mas buscamos entender as raízes, as conexões, o contexto de vida daquela pessoa.

A autoagressão pode ser um sintoma de muitas coisas: dor física, desorganização neurossensorial, conflitos emocionais, traumas, comunicação frustrada, sobrecarga, entre outros. Por isso, o trabalho integrativo inclui:

  • Escuta e acolhimento da família;

  • Observação da rotina e ambiente;

  • Colaboração com outros profissionais (psicólogos, terapeutas ocupacionais, médicos, fonoaudiólogos etc.);

  • Prescrição de florais individualizados;

  • Orientações para o cuidado emocional de quem cuida.


Cuidar de Quem Cuida

Um ponto muito importante, e muitas vezes esquecido, é o cuidado com os familiares e cuidadores.

Mães, pais, avós, irmãos... todos sentem o impacto da autoagressão. E se não houver espaço para que esses sentimentos sejam também acolhidos, o desgaste emocional se intensifica.

Por isso, sempre incentivo que os responsáveis também façam uso dos florais. Cuidar da saúde emocional da família é parte essencial do processo terapêutico. Quando o cuidador está mais fortalecido, paciente e equilibrado, isso repercute diretamente no ambiente do autista e nas relações do dia a dia.


A Terapia Floral como parte de um tratamento multidisciplinar 

A Terapia Floral é uma abordagem que pode ser integrada a outros cuidados.

Trabalhar de forma multidisciplinar, com respeito às especificidades de cada área, é o que permite um atendimento mais completo e eficaz para o autista.


Conclusão

A autoagressão é, sem dúvida, um dos comportamentos mais difíceis no espectro autista. Ela mobiliza dores profundas, medos, frustrações e sentimentos muitas vezes difíceis de nomear.


Mas também pode ser um ponto de partida para um cuidado mais profundo, um olhar mais atento para o que está sendo comunicado por meio do corpo, e uma oportunidade de transformação emocional, tanto para quem está no centro da dor, quanto para toda a família.


Com escuta, acolhimento, sensibilidade e recursos naturais como os florais, é possível promover mais equilíbrio, serenidade e bem-estar. Cada passo, por menor que pareça, pode ser uma grande vitória.


🌸 Se você está passando por isso, saiba: você não está sozinho(a). Há caminhos possíveis, há recursos disponíveis, e há profissionais prontos para te ouvir.


Quer saber mais sobre como os florais podem ajudar nos casos de autoagressão?

Entre em contato com Luciana Persiano.


Vamos juntas(os) cultivar caminhos de cuidado e leveza.



 
 
 

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